quarta-feira, 18 de março de 2009

Morrison quer provar que merece a NBA

Mandado para o Lakers na troca que enviou Vladimir Radmanovic para o Bobcats, Adam Morrison foi uma vez, um garoto prodígio vindo para a NBA. Com grandes expectativas, o Charlotte o selecionou com a 3ª escolha no Draft de 2006, e com o aval de Michael Jordan. Sua média de 28.1 pontos por jogo atuando por Gonzaga o credenciavam para entrar na melhor liga de basquete do mundo.

Em seu primeiro campeonato com o Bobcats, Morrison desmontrou suas habilidades, marcando 11.8 pontos por partida, e, sendo assim, nomeado para o All-Rookie Second Team. Após isso, curiosamente, Adam se contundiu numa partida exibição contra o Lakers em 2007, e perdeu o campeonato todo. Hoje parte da equipe, ele já atuou por 28 minutos num total de 4 partidas, e ainda não conseguiu repetir as boas atuações do ano como novato. Ele já está cansado de ouvir o quão bom foi no passado, e que ainda não mostrou isso entre os profissionais.

"Acho que muito disso é justo comentar", disse ele, reconhecendo seus erros. "Mas em outras partes não", salientou. "Este é, na realidade, meu segundo campeonato. Vim de uma cirurgia e minha carreira está longe de ter terminado", afirmou ele. Morrison disputou 48 jogos nesta temporada, com média de 4.4 pontos. Conhecido pelo seu gatilho apurado nos arremessos, ele está convertendo apenas 36.4% de seus chutes, e 33.7% da linha de três pontos. Larry Brown, seu técnico no Charlotte, começou a ficar preocupado com a constante sequência de erros em seus arremessos, principalmente após uma derrota para o New York em dezembro. "Após ele errar suas primeiras tentativas, ele sequer olhou para a cesta", revelou ele após o jogo. "Assim que escutei alguém na torcida gritar com ele, desenhei uma jogada para ele, que se quer pegou na bola", revelou Brown.

Morrison garante que seu joelho não está ainda 100% e que isso afeta seu jogo, afinal, como um arremessador, ele precisa pular ao máximo para converter. Apesar da contusão, ele disse que parecem ter esquecido o que ele fez em seu ano de novato. "Isso é algo que me incomoda", disse. "Parece que eu não fiz realmente nada naquele ano. Agora venho de uma cirurgia e nem tenho o benefício da dúvida até me recuperar. Mas é assim que é o negócio, pois aqui são os profissionais e entendo isso", revelou Adam. Phil Jackson utilizou dois exemplos de atletas que tiveram carreiras ótimas antes da NBA e não prosperaram na Liga Americana. Phil contou à Morrison sobre Bill Bradley, que teve média de 30.2 pontos por Princeton, foi o jogador nacional do ano em 1965 mas anotou apenas 12.4 pontos pelo Knicks em 10 campeonatos. Ele também falou de Cazzie Russell, que marcava 30.8 pontos por partida em 1966 por Michigan, também foi eleito jogador do ano mas contribuiu com metade disso como profissional, com 15.1 pontos por jogo.

"Este foi apenas um exemplo que citei para ele, para alertá-lo de que não estamos inibindo sua carreira", revelou Jackson. A pressão para evoluir atingiu Adam com as constantes comparações com Larry Bird, algo que ele afirma não ter sentido tanto. "Acho que todo branco americano que é bom jogador e aparece é comparado com Larry Bird", disse ele. "É assim que funciona. Nunca senti que fosse um fardo". Mas para os críticos, ele simplesmente não conseguiu repetir as boas atuações de sua carreira amadora na NBA. "Isto não me incomoda nem um pouco. As pessoas têm suas opiniões, tudo bem. Tenho um emprego na NBA. Não posso reclamar", analisou.

Sobre o Lakers, Morrison acha que é uma ótima oportunidade em sua carreira, mesmo não jogando muito no momento. O triângulo ofensivo, segundo sua própria análise, se encaixa bem em seu estilo de jogo. "Sabia que vindo para cá, meus minutos ficariam limitados", disse ele. "Acho que é mais sobre o próximo campeonato para mim, ainda estou muito confiante", revelou Adam.

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