segunda-feira, 9 de março de 2009

Nada de crise na NBA , diz Stern

O comissário da NBA, David Stern, afirmou nesta segunda-feira que não vê um “cenário apocalíptico” para a liga por conta da crise económica. Para o homem-forte da liga profissional americana, a liga e o sindicato terão de fazer algumas mudanças no contrato de trabalho, mas a crise não resultará na decadência da instituição.

No mês passado, a NBA anunciou uma verba de US$ 200 milhões em empréstimos para times em necessidade, o que iniciou uma série de comentários de que as franquias estariam com problemas financeiros sérios. O técnico e ex-gerente geral do Minnesota Timberwolves, Kevin McHale, disse que a NBA tinha entrado em sua própria era de empréstimos de risco por causa dos salários dos jogadores, e acrescentou que os jogadores precisariam fazer concessões substanciais na negociação do próximo Acordo de Negociações Coletivas (CBA). O procurador David Falk disse ao jornal The New York Times que as próximas negociações serão “muito, muito extremas” e que os proprietários de equipes poderão fechar a liga por um ou dois anos se não conseguirem o que querem.

“Eu apenas diria que o ‘cenário apocalíptico’ é que a NBA será, de alguma forma, afectada sem recuperação por um evento ou outro. As previsões do final da NBA foram frequentes e profundos , e sempre estiveram errados”, disse Stern, nesta segunda, na George Washington University, onde o proprietário do Washington Wizards, Abe Pollin, foi induzido ao Hall da Fama de Executivos Esportivos da Escola de Negócios local.

“Nós conseguimos manter o barco sobre a água, e acho que nós vamos continuar a fazê-lo desta vez. Não sou indevidamente pessimista. Acho que, quando virmos como esta economia vai sair, haverá alguns ajustes que serão necessários no nível dos times e no nível da liga. Mas acho que, nos nossos jogadores e no nosso sindicato, temos um grupo de realistas que são sensíveis às necessidades de nossos fãs e nossos patrocinadores, e estou optimista por esta perspectiva de que conseguiremos trabalhar alguma coisa. Não sou optimista nem pessimista sobre a economia, estou apenas presumindo o pior e torcendo pelo melhor, ao tentarmos nos estabilizar em meio a uma tempestade de tempos económicos difíceis”, disse Stern.

O comissário ainda disse que a receita da liga subirá em um ou 2% neste ano, mas que está “bastante preocupado” quanto ao ano que vem. “Nós certamente vemos que os nossos patrocinadores estão sofrendo, e estamos trabalhando muito duro para fazer o que pudermos para minimizar esta dor e manter nosso negócio em ordem”, concluiu.

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