Andrew Bogut dá entrevista

Iniciaremos hoje algumas entrevistas com jogadores da NBA. As entrevistas foram feitas por diversos sites americanos e traduzidas por nós. Não temos nenhuma relação com qualquer resposta ou pergunta feita. Link da entrevista original (em inglês)

Por Raúl Barrigón

Ramon Sessions foi contratado pelo Minnesota. Sua opinião?

Andrew Bogut: Ele conseguiu um bom contrato com o Minnesota. Desejamos a ele o melhor, mas eu acho que temos muitos armadores no nosso elenco. Seria difícil dar minutos suficientes para 4 armadores tendo Sessions.

O Bucks ainda pode cobrir a oferta.

AB: Nós temos tempo para cobrir mas eu não acho que isso vá acontecer, sinceramente. Bom, nunca se sabe, podemos contratá-lo e trocá-lo (sign-and-trade). Não estou dizendo que não tentaremos, mas…

Todos perguntam quanto a sua volta.

AB: Está boa. Agora estou fazendo muitos treinos como levantamento de peso, corrida… Alguns treinos com bola. Veremos quando começar a temporada

Como foi a experiência de ter os preparados Marc Boff e Jeff Macy com você na Austrália?

AB: Eles foram checar se eu estava me comportando. Foi só para ver se eu estava treinando ou deitado na praia bebendo cerveja (risos)

Como você se sente vendo Richard Jefferson, Charlie Villanueva e provavelmente Ramon Sessions indo embora?

AB: Eu não estava preparado para isso. Quando nos reunimos no final da temporada, John (Hammond, GM do Bucks), disse que faríamos algumas mudanças. “Algumas podem ser impactantes” disse ele. Acho só estamos nos estabelecer financeiramente com essa crise e com a diminuição da folha salarial da NBA. Estamos pensando no futuro. Tinhamos um time muito bom no papel, mas mesmo assim não conseguímos ir aos Playoffs.

Vamos falar agora das caras novas. Agora temos mais estrangeiros em Milwaukee. O que você acha disso?

AB: É, eu acho que é bom pra mim. Eu sou estrangeiro também. Delfino é um vencerdor, ele sabe como jogar e nos trará muito equilibrio. Ukic não teve muita chance em Toronto e sabemos que está com vontade de provar seu valor aqui em Milwaukee. Eu joguei com Ilyasova nos meus primeiros dois anos; quando ele veio para a NBA era muito novo, muito magro. Ouvi dizer que ele melhorou muito e sabia que ele queria voltar (a noiva dele é de Milwaukee"). E já tinhamos Elson, Gadzuric e Mbah a Moute.

E quanto ao novato Brandon Jennings?

AB: Treinei com ele a semana inteira. Ele é muito bom com a posse de bola, muito inteligente e bastante atlético. Ele nos traz muita energia, mas evidentemente é jovem. Ele terá altos e baixos no seu primeiro ano, mas eu acho que ele será um bom jogador na NBA.

Esse ano você renovou por mais 5 anos. Milwaukee está claramente contando com você para ser líder desse time.

AB: Eu tentei ser esse líder já na temporada passada, porém me lesionei. Estou preparado para ser o capitão do time tanto dentro como fora de quadra. O time investiu muito em mim e tentarei melhorar em todos os sentidos, não só em pontos e rebotes.

Você conversou com o técnico Skiles em relação ao seu papel nos time na próxima temporada?

AB: A comissão técnica quer que eu tenha mais confiança. Muitas vezes na temporada passada eu estava indeciso quanto a arremessar ou passar. Eu esperava a defesa para fazer algo. Agora tenho que ser mais agressivo e melhorar nos lances livres.

Você teve 59,3% na linha do lance livre.

AB: É a área que precisa-se melhorar a cada ano. É questão de confiança. Minha técnica não é tão ruim, só tenho que treinar o máximo que eu puder, e foi o que eu fiz nas últimas semanas. Com certeza melhorarei nesse quesito.

Como o Bucks vai jogar nessa temporada?

AB: Acho que correremos. Com um jogador como Jennings seria loucura tentar um jogo cadenciado. Ele é um dos armadores mais rápidos com a bola que eu já vi jogar. Seremos rápidos no ataque e consistente defensivamente.

Muitos analistas colocaram o time como o penúltimo no Leste.

AB: Gostamos disso. É melhor para nós e nossa franquia que tenhamos baixas expectativas porque todos pensam que não podemos fazer nada, e se fizermos algo já será uma surpresa. Temos muitos novos jogadores. Não temos titulares. Muitos times já tem seus titulares. Com nós, há muitas questões quanto quem começará, quantos minutos jogará, etc.

Qual é o balanço que você faz de sua carreira na NBA até agora?

AB: Provavelmente na média porque tenho muito a melhorar. Tive uma excelente temporada 2007/08, porém pra mim foi ruim porque não fomos bem. Na temporada passada, comecei mal, quando melhorei no final do ano, me machuquei.

Segundo fontes, a NBA está preparando regras quanto ao uso do Twitter. Você é um dos jogadores que estão nessa nova maneira de se comunicar com os fãs. Qual sua opinião sobre o fato?

AB: Não soube nada disso ainda, talvez mais para o início da temporada nos comunicarão de algo, mas será muito difícil da NBA dizer aos jogadores o que fazer com suas vidas foram do basquete. Eu acho que será uma atitude muito errada. Mas enquanto você estiver em quadra, concordo que não é legal postar coisas no Twitter ou Facebook. Um vez que terminou o jogo, pode-se escrever algo como “Tivemos uma boa vitória” ou “Precisamos melhorar”, algo do gênero, é totalmente aceitável. Mas no intervalo… Eu concordo com a liga.

Como você acha que a Austrália irá no Campeonato Mundial na Turquia no ano que vem?

AB: Obviamente temos um novo técnico e novos jogadores então não sabemos muito bem nosso estilo de jogo, porém estou muito empolgado. Nossa expectativa é chegar as Semifinais, mas os asversários estão muito fortes. Se alcançarmos nossos objetivos, pode-se considerar um sucesso.

O que você acha da nova geração de jogadores australianos?

AB: Temos jogadores muito bons. Pat Mills é dos melhores, apesar de ter se lesionado.

Você considera a possibilidade de jogar na Europa?

AB: O basquete na Europa é diferente do da NBA e da Austrália. Tenho vontade de jogar por lá e quando meu tempo acabar na NBA será a primeira escolha