segunda-feira, 6 de abril de 2009

O que todo jogador deveria saber parte - 3

Que três são as condições para um bom rebote:colocação,domínio tempo-espaço e transposição de velocidade horizontal em vertical.Os dois primeiros pontos são básicos nos rebotes diretamente embaixo das cestas,e o terceiro ponto,quando são executados em deslocamento.



Colocação é a alma de todo e qualquer rebote,seja defensivo ou ofensivo.Em ambos uma conduta se torna transcendental,a de que toda e qualquer movimentação na busca do melhor posicionamento deve ser realizada em contato,ou o mais próximo possível,do corpo do oponente,atitude que afasta em grande parte a possibilidade de obstrução defensiva.Mesmo estando de costas para o defensor,o giro em torno e em contato com seu corpo possibilita a ocupação de espaços vitais,numa ação antecipativa de grande vantagem.



Se essa técnica for empregada por atacantes e defensores,levará vantagem posicional aquele que mais se aproximar do oponente nas ações de mudança de direção ou giro em torno do mesmo.



E todas estas ações sendo realizadas sem a perda da visão da bola,por um segundo sequer.Trava-se uma luta de movimentos rápidos e inteligentes,em espaços mínimos,mas determinados.Com a conquista do espaço pretendido pela antevisão direcional do ressalto da bola de encontro ao aro da cesta,ou mesmo da tabela,uma exigência altamente técnica vem a seguir,o domínio tempo-espaço.Trata-se de uma maior ou menor percepção da trajetória estabelecida pela bola após os ressaltos acima descritos.São fatores diferenciados de jogador para jogador,onde alguns calculam com grande dose de precisão o tempo necessário para a captura da bola,saltando e conseguindo-a no ponto mais alto do ressalto.Outros se antecipam àquele ponto,conquistando-a sem saltar em seu máximo.



O conhecimento antecipado dessas qualidades entre os oponentes caracterizam e definem estratégias de ação,que se bem direcionadas auferem grandes vantagens em um jogo.Uma forma efetiva de treinamento de rebotes somente necessita de um tosco tampão de madeira para o aro,e uma ou duas cadeiras.Se postando atrás das cadeiras alinhadas lado a lado,o técnico lança a bola na cesta,que por estar tampada oferecerá uma infinidade de trajetórias,ao mesmo tempo em que o jogador finta ou gira em torno das mesmas posicionando-se para o rebote. Mais adiante,o mesmo exercício realizado em duplas,trincas,quadras e quintetos,levará a todos a um salutar e evolutivo aprendizado dos rebotes.



No entanto,um terceiro fator deverá ser incluído no preparo,a transposição de velocidade horizontal em vertical,principalmente para os alas que se lançam para os rebotes vindo de posições afastadas da cesta,e que em muitas oportunidades cometem faltas pessoais nas projeções ao corpo dos oponentes.Transformar a velocidade horizontal de que vêm possuídos em velocidade vertical,na qual as projeções referidas transformam-se em faltas pessoais,exige treinamentos especiais.Dois exercícios,por serem acessíveis a qualquer equipe,podem ser praticados.



O primeiro,é a corrida de encontro a uma parede,que deverá estar protegida por um colchonete de baixo custo,próxima a qual o jogador deverá,num movimento seqüencial estancar e saltar, numa progressão que deverá se iniciar aos 90cm,progredindo aos 80,70,até o limite de 50cm.da mesma. O segundo, idêntico ao primeiro,substituído-se a parede por uma rede de voleibol,onde a transposição poderá ser realizada a menos de 50cm,no qual o jogador poderá atingir e desenvolver ao máximo tal habilidade.



Um jogador treinado nas fintas e giros em contato com o corpo do oponente,capaz de otimizar seus saltos e evitar projeções horizontais,é um jogador que realmente domina a arte dos rebotes,ofensivos e defensivos,tornando-se realmente efetivo para sua equipe.E se seu técnico negligenciar tal treinamento,munindo-se de um pequeno tampão de madeira,duas cadeiras,um colchonete,e mesmo uma corda atada entre dois postes,e contando com um colega que lance a bola a cesta,todo e qualquer jogador poderá melhorar muito sua qualificação reboteira.Não custa nada tentar, quando muito como um exercício de inteligência e imaginação.

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